segunda-feira, 18 de junho de 2007

Investigação...



Creio já ter comentado convosco que me encontro a realizar uma investigação académica, na qual decidi investir apenas para satisfação pessoal, pois não vou ter nenhum benefício profissional com a mesma.
Venho desabafar convosco as muitas mágoas e revoltas que me vão no coração pelas imensas dificuldades que tenho encontrado nos meandros da investigação.


Queria continuar a estudar e decidi ir procurar nas universidades opções de o poder fazer. Candidatei-me e, mesmo sem acreditar muito poder ser seleccionada, a verdade é que passado uns meses estava eu a telefonar para o sol, no meio da minha incredulidade por entre lágrimas e sorrisos, que tinha entrado no mestrado.
A partir daí começaram as alegrias e as tristezas que têm feito parte da minha vida. Entre as alegrias posso referir um grupo de amigos fantástico que constituímos,as mentes brilhantes dos nossos professores doutores(com os quais fiquem surpreendida possitivamente pela acessibilidade), o cartão de estudante que dá descontos no cinema e um orgulho miudinho de ter chegado até aqui fruto da minha persintência e perserverança (pois não me considero muito inteligente)e de com este mestrado ter feito engolir em seco a muita gente... É curioso que ao longo da minha vida tenho tido pessoas que me fizeram/fazem muito mal, talvez por eu ser uma pessoa de personalidade forte daquelas que se ama ou se odeia. Apesar de nunca pensar sequer em vingar-me, essas pessoas têm aprendido grandes lições porque eu tenho conseguido evoluir e eles ficam lá atrás, a praguejar contra tudo e todos e esquecendo-se de trabalhar (o trabalho é o único caminho que conheço que leva ao topo).
Entre as tristezas posso enumerar: o estatuto de trabalhador-estudante que me foi negado e teve como consequência o acumular de horas de cansaço; alguns professores pouco compreensivos que exigiam mais do que era humanamente possível; as burocracias que tanto me irritam; as propinas que me deixam sem tostão; as incompletas bibliotecas e as rabugentas bibliotecárias, os novos prazos de Bolonha; as (sábias) exigências da minha orientadora...
O que vos posso dizer é que tem sido muito cansativo, dispendioso, desesperante... mas tem sido também muito gratificante. Tenho aprendido imenso e tenho conhecido o outro lado da ciência. Sinto-me mais útil e um pouquinho mais inteligente, sinto que ao contrário de muita gente que se acomoda e se estupidifica na sua monótona e subordinada profissão eu estou a tentar pular fora, eu estou a tentar fazer a diferença, eu estou a lutar pelo meu/nosso futuro.
Que Deus me ajude e muito poderei fazer a muitos mais e muito mais feliz serei.
E vocês já pensaram em voltar à escola???

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